quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Cavaco, viola e pandeiro na mão, porque hoje é o Dia Nacional do Samba!

O samba, considerado parte da cultura nacional, também tem seu pezinho do outro lado do Atlântico. Seu surgimento se deve à vinda de negros africanos, que incorporaram um tipo de dança de seu continente de origem a estilos musicais já existentes aqui.

Atualmente, os sambas que fazem mais sucesso são da Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro.

O samba de roda, de origem baiana, foi considerado patrimônio da humanidade pela Unesco em 2005, e foi trazido para o Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX, onde se desenvolveu e hoje compõe a principal expressão cultural e musical da cidade.
Hoje sinônimo de alegria e festa, o samba já foi visto com maus olhos. No início do séc. XX, o ritmo era marginalizado, seus seguidores e compositores sofriam preconceito, por razões históricas e também muito ao fato de suas raízes africanas. Só no governo de Getúlio Vargas houve a exaltação do samba como símbolo da identidade nacional, ainda que muito do seu sentido original tenha se perdido e muitas letras modificadas, devido ao objetivo de usá-lo para passar mensagens que iam de encontro ao projeto nacionalista governamental.

Desde então, o samba foi se popularizando por todo país e ganhando novas formas de ser feito, gerando seus sub-gêneros.

Saiba um pouco mais sobre alguns deles:

-         Samba enredo: Criado na década de 1930 no Rio de Janeiro especialmente para desfile de uma escola de samba, permanece como atração principal dos carnavais carioca e paulista até hoje. A cada ano as escolas definem seus temas, que definem toda a coreografia, alegoria e a composição que será cantada na avenida.

-         Samba de partido alto: Surgiu dos terreiros das escolas de samba ainda na década de 1930. Antigamente considerado um samba mais instrumental, transformou-se em uma espécie de desafio entre sambistas. Suas letras improvisadas trazem histórias sobre a realidade de morros e áreas carentes que seduzem o ouvinte. Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho e Dudu Nobre são alguns dos sambistas desse estilo.

-         Samba de breque: Moreira da Silva é um dos mestres dessa modalidade que tem como característica principal instantes de parada brusca, onde o cantor pode adicionar comentários ou outros artifícios de tom crítico ou humorístico.

-         Samba de gafieira: Usualmente encontrado na dança de salão, é mais rápido e mais forte na parte instrumental. Tem sua origem no samba e no maxixe, trazendo para a dança toda a ginga e esperteza do iconográfico malandro do samba, que conduz sua parceira de uma maneira peculiar.

-         Sambalanço: Nasceu nas boates do Rio e São Paulo na década de 1950, carregando influências da bossa nova e do jazz e deu um novo swing ao samba tradicional. Seus representantes e contribuidores mais conhecidos são: Jorge Ben Jor, Elza Soares, Djalma Ferreira, dentre outros.

-         Samba-funk: Resultante da fusão do samba nacional com o funk norte-americano na década de 1970, também tem Jorge Ben Jor como um de seus contribuidores, assim como Tim Maia.


Através da iniciativa do vereador baiano Luís Monteiro da Costa, no dia 2 de dezembro é comemorado o Dia Nacional do Samba. Atualmente duas cidades mantêm o hábito de festejar essa data: Salvador e Rio.


Quer saber mais sobre as atrações dessa comemoração? Veja aqui: Rio e Salvador.

E se você quiser aprender a sambar, confira aqui informações sobre escolas de dança em todo o Brasil.




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