sexta-feira, 14 de setembro de 2012

14 de setembro - Dia do Frevo


Hoje é Dia do Frevo!

Para quem não conhece, o frevo é uma forma de expressão musical típica do Brasil e, principalmente, em Recife e Olinda, no estado do Pernambuco, onde é bastante enraizada na cultura local. A dança surgiu no final do século XIX em um momento de transição e efervescência social, como expressão das classes populares. O ritmo carnavalesco do frevo nasceu em Pernambuco e é um tipo de marchinha bastante acelerada e sem letra, sendo normalmente tocada por uma banda que acompanha os blocos enquanto a multidão se diverte na folia.

O nome “frevo” vem de “ferver” e é explicado pelo estilo da dança, que faz parecer que há algo quente sob os pés do dançarino (além de remeter ao clima “efervescente” do Carnaval). Os passos, apesar de parecerem simples, são bastante complicados e requerem bastante gingado e malabarismo para serem executados. Rodopios e pequenos saltos alternando as pernas são os passos mais comuns da dança. Além da técnica, a improvisação dos dançarinos também conta bastante para o belo espetáculo normalmente sediado nas próprias ruas de Olinda e Recife. Um objeto muito utilizado que serve para imprimir ainda mais beleza e charme ao ritmo é o tradicional guarda-chuva colorido.

Uma mistura de marcha, maxixe e elementos da capoeira, o frevo é uma dança bastante rápida que possui mais de 120 passos catalogados. Os passos básicos elementares podem ser considerados os seguintes: dobradiça, tesoura, locomotiva, ferrolho, parafuso, pontilhado, ponta de pé e calcanhar, saci-pererê, abanando, caindo-nas-molas e pernada, este último claramente identificável na capoeira. Já os mais complexos são executados pelos “passistas”, dançarinos profissionais que fazem passos acrobáticos durante o percurso do bloco enquanto a multidão se diverte com o ritmo contagiante. 

De instrumental, o gênero ganhou letra no frevo-canção e saiu do âmbito pernambucano para tomar o resto do Brasil. A clássica canção “O teu cabelo não nega mulata” foi um grande sucesso do estilo que se espalhou pelo país. “É de amargar”, “O dia vem raiando”, “Linda flor da madrugada”, “Vamos cair no frevo” e “É de maroca” são outros exemplos, cantados nas vozes de feras da era de ouro do rádio como Almirante e Carmélia Alves. Isso sem falar nos clássicos “Frevo”, de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, “Festa do Interior”, da baiana Gal Costa e “Banho de Cheiro”, sucesso na voz de Elba Ramalho.

Em Recife, o tradicional bloco carnavalesco “Galo da Madrugada” preserva as tradições musicais do frevo e arrasta milhares de pessoas todos os anos. Eles tocam ritmos pernambucanos e desfilam sem cordões de isolamento, sendo um símbolo típico da cultura local. A roupa dos dançarinos deve ser bastante colorida (podendo ter estampas florais) e deve ajudar a compor a beleza da dança, com tecidos leves.

Desde suas origens, o ritmo foi sofrendo várias influências ao longo do tempo, produzindo assim variedades. Hoje, existem basicamente três tipos de frevo: o frevo-de-rua, o frevo-canção e o frevo-de-bloco. O primeiro é o mais tradicional deles, aquele que não possui letra, pois é feito unicamente para ser dançado. Já o frevo-canção é aquele que possui uma parte introdutória e outra cantada, a exemplo da Marcha n° 1 de Vassourinhas (atualmente convertido no Hino do carnaval recifense).  E o último deles, o frevo-de-bloco, tem sua orquestra composta de pau e corda: violões, banjos e cavaquinhos, além do clarinete.

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E hoje é dia dessa dança tão bonita e tão tipicamente brasileira: o frevo. Veja abaixo um vídeo e apaixone-se ainda mais pelo ritmo!



Vídeo: Olinda - 100 anos de frevo sem perder o passo. Produzido por Publikimagem Projetos de Marketing.

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