quarta-feira, 6 de junho de 2012

Greve nas universidades públicas divide opiniões

Nos últimos meses, mais de 40 universidades públicas de todo o país vêm aderindo à greve de professores e técnicos administrativos. A situação está se tornando complexa e os funcionários públicos - indivíduos que prestaram concurso e trabalham hoje em universidades federais ou estaduais - reivindicam melhores salários, melhores condições de trabalho, mais verba destinada à educação e reestruturação do plano de carreira.

Acontece que o estado de greve acaba prejudicando, e muito, os estudantes que nada tem a ver com o problema da verba pública. Com as cerca de 44 faculdades em greve, mais de 500 mil estudantes são afetado pela falta de aulas, atrasos no calendário acadêmico, prorrogação do período de formatura etc. A força do movimento vem assustando o governo, e as opiniões externas se dividem: alguns apoiam a causa dos professores e, consequentemente, a greve, e outros são radicalmente contra este tipo de mobilização.

De fato, todos sabemos o quanto a educação precisa melhorar no Brasil. Investir em boas escolas e universidades públicas, valorizar os professores e formar bons profissionais são questões essenciais para o desenvolvimento socioeconômico do país. Só através de uma educação de qualidade é possível transformar a nossa realidade social e captar indivíduos para atuar no mercado de trabalho. Uma educação de excelência é o fator primordial de qualquer país que queira sair do subdesenvolvimento. E ela deve ser oferecida gratuitamente a todos, inclusive (e principalmente) aos menos favorecidos. Outra figura muito importante que precisa ser mais valorizada e bem remunerada é o professor, que hoje recebe muito pouco em relação a profissionais de outras áreas como Engenharia e Medicina.

Mas será que é através de greves e paralisações que esses objetivos serão conquistados? Será que esta é mesmo a melhor opção para conseguir o apoio do governo às causas reivindicadas pelos professores grevistas?

Para saber mais sobre a opinião dos internautas sobre esse polêmico assunto, perguntamos em nossa última enquete:



Mais de 40 Universidades Federais estão em greve por todo o Brasil. Qual sua opinião sobre a paralisação?


Concordo. Os professores devem ser mais valorizados, e a greve é justa, já que reivindica melhores salários. : 351 (49,93%)


Discordo. Professores da graduação já têm um bom salário, e greve não é a melhor maneira de reivindicar. : 352 (50,07%)

Foram 703 votos ao total. Com um resultado absolutamente surpreendente, nossa enquete apresentou um empate técnico entre as duas opções. Com 50,07% dos votos, a alternativa “Discordo. Professores da graduação já têm um bom salário, e greve não é a melhor maneira de reivindicar” ficou em primeiro lugar por uma diferença de apenas 0,7%, o que significa uma quantidade de apenas 5 votos! Em segundo lugar, a opção “Concordo. Os professores devem ser mais valorizados, e a greve é justa, já que reivindica melhores salários” foi escolhida por 49,93% dos votantes.

O resultado mostra que, quando o assunto é educação e greve, a população fica bastante dividida. Alguns acreditam que a paralisação seja a melhor maneira de reivindicar o justo direito de um professor ser mais valorizado e ter um salário melhor. Já outros acham que os docentes de graduação tem um ótimo salário (cerca de R$ 7 mil) em relação à grande maioria da população brasileira, que vive com menos de 5 salários mínimos, sendo totalmente desnecessário prejudicar os alunos sem dar aulas por conta de uma reivindicação dessa natureza. Com a sociedade a favor ou contra, o fato é que o número de universidades que estão aderindo à greve não para de crescer. E ninguém sabe quando esse cenário irá mudar.

Em nossa próxima enquete queremos saber: “Você tem um smartphone?”

Corre agora mesmo para o TeleListas.net e conta pra gente!

Nenhum comentário:

Postar um comentário