Hoje, dia 20 de abril, é Dia do Disco. A data foi escolhida por ser o dia do aniversário da morte do cantor e compositor brasileiro Ataulfo Alves.
Esse tipo de mídia, também conhecido como LP (Long Play) e que já quase não se usa mais hoje, já fez muito sucesso algumas décadas atrás. Da década de 1950 a 1980, ele reinou invicto. Depois dele veio a hoje quase extinta Fita K-7, que também teve seus momentos de glória. Após o surgimento de um novo tipo de mídia ainda mais moderno, o CD, o disco e a Fita K-7 viraram obsoletos e foram pro fundo das gavetas, pra lata de lixo ou pro antiquário.
O primeiro disco de vinil nasceu em 1948, substituindo o modelo de reprodução de músicas utilizado até então, os discos de goma-laca (inventados por Emil Berliner no século XX). As mudanças eram muitas: o vinil era mais leve, resistente, tinha uma melhor qualidade sonora e comportava um número maior de músicas. Os avanços tecnológicos da época possibilitaram a criação desse novo tipo de mídia, que se tornou um enorme sucesso nas décadas posteriores. O aparelho que reproduzia os discos era chamado de “toca discos”. A década de 1970 é lembrada até hoje como a era do disco e das discotecas, simbolizada pelo famoso filme “Os embalos de sábado à noite”, estrelado por John Travolta e Olivia Newton John.
No final dos anos 80 surge o CD, que se apresentou como uma versão mais compacta e prática do vinil. Então, no lugar do “toca-discos”, o aparelho da vez foi o “Disk Player”, que reproduzia as músicas dos CDs. Com o surgimento dessa nova mídia, o vinil foi gradativamente perdendo sua importância. Entretanto, nos últimos anos houve um resgate dessa moda dos anos 50: o estilo retrô trouxe os vinis para a decoração e reativou sua importância simbólica para a música. Além disso, há quem diga que a qualidade de uma música no vinil é muito superior a qualidade de uma música em CD ou MP3. Assim, mesmo com outras tecnologias que surgiram depois, o vinil continua sendo o queridinho de muita gente. Seja por moda, saudosismo ou conceito, ele ainda está presente na casa de milhões de pessoas. Alguns fazem inclusive coleções de discos de vinil. Em antiquários e lojas de disco é possível encontrar alguns dos mais clássicos vinis. Alguns exemplares viraram relíquias e valem hoje verdadeiras fortunas.
Os vinis ainda são bastante utilizados por DJs para animar vários tipos de festa e boates, embora isso esteja se tornando cada vez menos comum. No ano passado, foram vendidos 3 milhões de discos de vinil no Brasil inteiro (embora ele já não seja mais produzido desde 1994). Um número que mostra que ele não anda tão esquecido assim....
A tecnologia avança e com ela nossos hábitos mudam também. Houve a época dos vinis, dos K-7, CDS (que sobrevivem com certa dignidade até hoje!), do MP3, MP4, MP5... Hoje já não se compra mais CDs como antes, e os vinis são mesmo ítens de colecionadores ou de DJs. As pessoas estão cada vez mais adaptadas ao hábito de baixar músicas. Walk-man e disk-man já estiveram muito na moda um dia, mas hoje estão esquecidos no fundo do armário. Eles deram a vez pra os iPods, iPads, MP3, MP4, MP5 e até mesmo para os celulares que, mesmo sendo de modelos simples, permitem o armazenamento e reprodução de músicas ou têm rádio. E qualquer um desses aparelhos pode ser facilmente encontrado em lojas de eletroeletrônicos. Em busca de uma praticidade cada vez maior, a tecnologia descobriu que ter um banco com centenas ou mesmo milhares de músicas pode depender de apenas um mini-cartão ou mesmo de um software, como o iTunes, da Apple.
Mas ainda assim, o vinil possui um simbolismo e uma representação que jamais serão perdidos. E hoje, merecidamente, é o dia dele.
Viva o grande pai dos aparelhos de reprodução musical e viva os seus amantes, que mantém viva essa tradição dos LPs! =)
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