segunda-feira, 21 de março de 2011

Igualdade Racial e respeito às diferenças

Há 51 anos atrás, cerca de 20.000 negros protestaram pacificamente contra a Lei do Passe, na cidade de Joanesburgo, na África do Sul. A lei previa que todos os negros eram obrigados a carregar cartões de identificação, onde era possível checar os lugares pelos quais teriam autorização para circular. A resposta do regime do Apartheid foi dura, e atirando sobre a multidão de manifestantes, as tropas policiais levaram 68 pessoas à morte, e deixaram 186 feridos. Hoje, em memória ao Massacre de Shaperville - como ficou conhecido o acontecimento -, é celebrado o Dia Internacional da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.



A intolerância racial já motivou vários momentos vergonhosos na história da humanidade. A secular utilização de índios e negros africanos como escravos; a perseguição de judeus ao longo do tempo, levada ao extremo pela ideologia nazista; o sistema de castas indiano; o surgimento de organizações como a Ku Klux Klan (movimento norte-americano que apoia a supremacia branca e o protestantismo); dentre muitos outros. 

E no Brasil não foi diferente. Por 300 anos, usamos a mão de obra negra em nossas terras, além de dizimar milhares de índios por todo território ou tentar impor a eles uma nova cultura.

Todos esses eventos foram marcados pelo desrespeito às diferenças e pela discriminação entre povos. Mas hoje é dia de lutarmos contra tudo isso, e mostrarmos que a evolução do homem quebrou paradigmas e destruiu preconceitos que nos impedem de evoluir ainda mais.

O brasileiro que, em especial, constituiu sua identidade a partir da influência de diferentes raças e culturas, também sofre até hoje com o preconceito e discriminação por grande parte da população. Segundo o Censo 2000, realizado pelo IBGE, cerca de 53,8% da população brasileira se declarou branca, enquanto 39,1% se disse parda, e apenas 6,2% afirmou ser negra, o que evidencia a grande resistência ao negro em nossa sociedade, apesar de tanta miscigenação.



Mas, apesar de tudo isso, hoje é dia de reinventarmos essas histórias, e transformarmos o ódio e a vergonha em respeito e orgulho, pois como disse o líder sul-africano Nelson Mandela: "Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar."
[ Fonte: IBGEWikipedia]

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