Há 51 anos atrás, cerca
de 20.000 negros protestaram pacificamente contra a Lei do Passe, na cidade de
Joanesburgo, na África do Sul. A lei previa que todos os negros eram obrigados
a carregar cartões de identificação, onde era possível checar os lugares pelos
quais teriam autorização para circular. A resposta do regime do Apartheid foi
dura, e atirando sobre a multidão de manifestantes, as tropas policiais levaram
68 pessoas à morte, e deixaram 186 feridos. Hoje, em memória ao Massacre de
Shaperville - como ficou conhecido o acontecimento -, é celebrado o Dia
Internacional da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.
A intolerância racial já motivou vários momentos
vergonhosos na história da humanidade. A secular utilização de índios e negros
africanos como escravos; a perseguição de judeus ao longo do tempo, levada ao extremo pela ideologia nazista; o sistema de castas indiano; o
surgimento de organizações como a Ku Klux Klan (movimento norte-americano que
apoia a supremacia branca e o protestantismo); dentre muitos outros.
E no Brasil não foi diferente. Por 300 anos, usamos a mão de obra negra em nossas terras, além de dizimar milhares de índios por todo território ou tentar impor a eles uma nova cultura.
E no Brasil não foi diferente. Por 300 anos, usamos a mão de obra negra em nossas terras, além de dizimar milhares de índios por todo território ou tentar impor a eles uma nova cultura.
Todos esses eventos foram marcados pelo desrespeito às
diferenças e pela discriminação entre povos. Mas hoje é dia de lutarmos contra
tudo isso, e mostrarmos que a evolução do homem quebrou paradigmas e destruiu
preconceitos que nos impedem de evoluir ainda mais.
O brasileiro que, em especial, constituiu sua identidade a
partir da influência de diferentes raças e culturas, também sofre até hoje com
o preconceito e discriminação por grande parte da população. Segundo o Censo
2000, realizado pelo IBGE, cerca de 53,8% da população brasileira se declarou
branca, enquanto 39,1% se disse parda, e apenas 6,2% afirmou ser negra, o
que evidencia a grande resistência ao negro em nossa sociedade, apesar de tanta
miscigenação.
Mas, apesar de tudo isso, hoje é dia de
reinventarmos essas histórias, e transformarmos o ódio e a vergonha em
respeito e orgulho, pois como disse o líder sul-africano Nelson
Mandela: "Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua
origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as
pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a
amar."
[ Fonte: IBGE; Wikipedia]
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