quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Olho nos estudos do seu filho. Atenção com o computador.

Esta semana o ano começou para valer. Os telefones das empresas voltaram a tocar com insistência, o trânsito nas grandes cidades está de novo insuportável e as crianças retornaram às escolas. Provavelmente, você também deve ter retomado sua rotina de correria. Embora o mundo moderno exija de nós essa pressa de tudo, é importante que algumas coisas não passem em branco. Uma delas é o estudo dos seus filhos.

Isto porque nesta vida de facilidades, os pais, muitas vezes, entregam a educação dos filhos à televisão e, mais recentemente, ao computador; e as crianças passam horas entretidas nisso. Muitas vezes, o estudo é até a intenção inicial, porém com as distrações que as ferramentas de buscas e os sites proporcionam, o foco no que é para ser estudado acaba se desviando para uma notícia, um jogo...

Já tinha me dado conta, por experiência própria, de que desde que comecei a usar computadores, minha caligrafia, por exemplo, que já não era lá essas coisas, ficou pior e que pegar uma caneta para escrever, passou a causar um desconforto para minhas mãos. Talvez, você não tenha observado isso ainda, mas repare só!
Óbvio que os computadores e a Internet melhoraram em muitas coisas a nossa vida, trazendo uma infinidade de informações, mas existe também um outro lado que nos torna preguiçosos, exatamente pela facilidade que estes aparelhos nos proporcionam. E quando o assunto é a aprendizagem das crianças esta questão é ainda mais séria.

Estou dividindo isto com vocês, pois o que para mim era uma observação pessoal, ganhou um estudo da UNICAMP que abordou a relação entre o desempenho das crianças e dos jovens (de 4º a 8º série e do 3º ano do ensino médio) e o uso do computador.

Segundo este estudo, o uso do computador, tanto em casa como na escola, piorou o desempenho escolar dos alunos pesquisados, principalmente dos de baixa renda. A avaliação foi feita nas matérias de português e de matemática e deixou os pesquisadores preocupados e atentos a esta questão. (Saiba mais sobre o assunto na matéria publicada do site IDG NOW!.)

Assim, é importante que você aproveite para incentivar seu (sua) filho(a), sobrinho (a), afilhado (a), a investir em outras maneiras de estudo e de pesquisa. Incentive as redações, as cartinhas nas datas especiais - nada de usar o teclado. Fazer do modo antigo mesmo, de próprio punho – um diário... Se tiver dúvida em uma palavra, apresente para ele um dicionário. Se for fazer uma pesquisa, tente uma enciclopédia antes de buscar as coisas na rede que, possivelmente, vão acabar desviando sua atenção. Mas, quando o computador for necessário (e fatalmente o será!), tente estar junto para que ele não se distraia e se aprofunde naquilo que seja preciso pesquisar. Além disso, é uma maneira de você estar presente nas atividades educacionais e saber o que está acontecendo na vida acadêmica dele. Está provado que crianças que têm responsáveis participativos nas suas tarefas escolares têm mais chances de obter melhores resultados dos que os que não contam com o apoio dos pais.

O computador, assim como todas as coisas, deve ser usado racionalmente como um instrumento de apoio as atividades do dia-a-dia e não como um empecilho para o desenvolvimento intelectual dos jovens e, porque não?, dos adultos.

As aulas estão começando é o momento certo para criar novos hábitos.

E você? Já percebeu alguma mudança na sua maneira de escrever ou até mesmo de pensar depois da chegada do computador? Alguma dica para pais que não conseguem fazer seus filhos desgrudarem do computador? Relate sua experiência.

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