terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Leitura: um hábito transformador.

"Os livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas", dizia o poeta Mário Quintana.

“Cerca de 400 mil alunos de 15 anos, de 57 países, fizeram a última prova do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa), de 2006, considerado o mais importante do mundo em educação e realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em leitura o Brasil ocupa apenas a 49ª posição.” (Matéria publicada no Portal UAI, dia 12/02/2008. Para ler na íntegra, clique aqui ).

27 de Fevereiro é Dia do Livro Didático e 12/03 é Dia do Bibliotecário . Duas datas que nos remetem diretamente aos dois textos acima.

É muito triste observar que em um país capaz de produzir escritores como Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade, Manoel Bandeira, Raquel de Queirós, Machado de Assis - isto apenas para citar alguns dos mais celebrados nomes da literatura nacional – tenha um índice tão baixo de aproveitamento em leitura.

Ler é uma forma de lazer ímpar. Além de colocar o indivíduo em contato com toda a sorte de informações, permite que ele desenvolva sua criatividade e auxilia a melhor escrita (tanto na formulação da idéia quanto na grafia das palavras).

Mas isto todo mundo está cansado de saber. Qualquer aluno da primeira série do ensino fundamental (na minha época era primário) já ouviu isso da sua professora ou dos pais. Então porque o brasileiro não lê tanto quanto deveria?

Ok. Livro é um bem relativamente caro. Alguém que mal ganha um salário mínimo dificilmente se dará ao luxo de gastar R$20,00, R$ 30,00 com um livro. Mas leitura, este saudável hábito, pode ser aplicada a qualquer coisa. Um manual de um aparelho é leitura, por exemplo. O que deve ser feito e pensado para construir este hábito é adequá-lo ao seu gosto.

Nesse aspecto, em alguns casos, a escola peca em não observar o que pode estimular a leitura do aluno. Eu sou um exemplo. Adoro ler, mas não adquiri o hábito pelos livros da escola. Muito pelo contrário. Em algumas séries, achava um horror. Livros pesados. Sérios demais, que nada tinham a ver com meus interesses. Mas, lia jornal. Devorava páginas esportivas e de cultura, além de livros de aventura e das histórias em quadrinhos. Lembro que só comecei a curtir os trabalhos da escola quando adotaram a lista de leitura. Você escolhia o livro de uma lista e fazia um trabalho sobre. Devia estar na sexta ou sétima série e li dois livros do autor Marco Túlio Costa que tenho até hoje: “O ladrão de palavras” e o “Canto da Ave Maldita”. A partir de então identifiquei que tipo de literatura me atraía e não parei mais de ler.

Por isso, acredito que este tipo de diálogo entre alunos e professores (claro, com acompanhamento do responsável) pode auxiliar bastante no desenvolvimento do gosto de ler pela criança, o que certamente fará dela, no futuro, um adulto leitor.

Além disso, é preciso que o brasileiro perca o medo de freqüentar bibliotecas. Talvez fosse interessante que o governo (e ai pode ser municipal, estadual ou federal) fizesse uma campanha educativa sobre o uso das bibliotecas. Quem pode usar? Como proceder? Muitas pessoas não se utilizam, muitas vezes, porque simplesmente não sabem como. Visite o site da Fundação Biblioteca Nacional e saiba mais sobre o assunto.

A família também tem lá sua parcela de culpa. É preciso incentivar o costume de ler em casa. Desligar um pouquinho a TV não faz mal algum.

Aproveitando as datas que foram citadas lá em cima, o Portal TeleListas.net está fazendo uma série de matérias sobre o assunto. Aproveite, então a deixa para dar uma conferida no Guia do Cidadão .

Aliás, e você? Como anda seu hábito de leitura? Que tal começar também a descobrir o que te chama a atenção e ler sobre o assunto? Que livros você indicaria para os leitores do blog? Deixe seu recado!

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