segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Nem superpoderes salvam o Brasil!

Nas últimas duas semanas, aproveitando a visita do show do Homem-Aranha ao Rio de Janeiro (Fonte: O Globo), o TeleListas.net deixou uma enquete no ar que pretendia mexer com o imaginário dos internautas. A pergunta era a seguinte: O Homem-Aranha está no Rio para uma série de shows. De qual super-herói você acha que o Brasil precisa?

3.063 pessoas participaram da pesquisa, que apresentou o interessante resultado a seguir:
- A maioria, 1.359 (44,37%), tem certeza de que “Nenhum. Não há super-herói capaz de consertar o país”.
- Já para 637 (20,80%), o único capaz dessa missão seria o “Wolverine. Só sendo um pouco animal para dar jeito nas coisas.”.
- Outros 499 (16,29%), disseram que o Brasil precisaria “Do Quarteto Fantástico, por que 4 heróis podem fazer mais que um”.
- Para 365 (11,92%), o país precisaria “Do Batman, por causa da sua maneira de combater o crime.”
- E apenas 203 (6,63%) afirmaram que precisamos “Do Super-Homem, por causa de sua bondade e ética”.

Utilizando como “disfarce” os super-heróis e suas características predominantes, o que, de fato, o site queria saber era que tipo de expectativa o brasileiro tem do seu país e o que ele acredita que possa ser feito para melhorar.

Diante das respostas, o que podemos perceber é que o brasileiro não tem a menor fé que alguma coisa, ou mesmo alguém, possa corrigir o que está de errado por aqui. Mesmo os que votaram em algum dos heróis das opções deixam bem claro que o que esperam não são ações pacíficas, pensadas ou cautelosas. Nada disso! As pessoas estão tão sem paciência que querem decisões radicais e definitivas.

Outrora super-herói preferido da maioria das crianças e presente no imaginário de todos, o Super-Homem representante da bondade, da virtude e da ética foi o menos votado. O que nos leva a imaginar que estes valores estão perdendo sua importância e dando lugar a valores mais imediatos e radicais.

É certo que o Brasil é um país de contrastes e com diversos problemas que ainda precisam ser resolvidos. Mas devemos pensar com cuidado no que significa não dar importância à ética e à bondade. Será que existe esperança para algum país (ou para alguma situação) se estes valores forem esquecidos?

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